Lenda dos Alfacinhas
Existem várias teorias que tentam explicar a razão pela qual os habitantes de Lisboa são chamados de Alfacinhas. Uma das linhas de discussão remete a ocupação de Lisboa pelos Mouros entre 711 e 714. Após a ocupação os árabes teriam começado a cultivar o Al-Hassa, que acabou se transformando em Alface na língua portuguesa. A planta era adotada na época para diversos fins, entre eles culinários e medicinais. Em uma das várias guerras que viriam a acontecer durante a permanência dos árabes, reza a lenda que os moradores teriam apenas alface para comer, o que teria originado a denominação. Há quem defenda que uma tribo do Sahara, os saharauii, se instalaram nos arredores de Lisboa e Sintra, e daí terá derivado o termo saloio, designando quem estava fora de portas da cidade e ao mesmo tempo abastecia a cidade com produtos hortícolas, como a alface.
Foram os saloios quem supostamente baptizou os lisboetas domingueiros do século XIX de alfacinhas, por estes se passearem pelos limites da cidade com laços farfalhudos da moda, no peito das camisas. Esses laços terão lembrado aos saloios alfaces. Outra das teorias conta que, durante o cerco a Lisboa, os lisboetas eram alimentadas sobretudo por alfaces trazidas nas suas carroças pelos saloios do vale de Loures. As sopeiras, meninas da província que serviam os mais abastados, gritavam chegaram as alfacinhas, popularizando o termo entre entre os saloios de Loures, que rapidamente começaram a tratar os Lisboetas por Alfacinhas.
Por Tânia Saraiva
Por Tânia Saraiva
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