Salão Árabe do Palácio da Bolsa

Em pleno Palácio da Bolsa, na cidade do Porto, está uma das maiores jóias da Invicta: o Salão Árabe do Palácio da Bolsa. Um local de visita obrigatória.

Salão Árabe do Palácio da Bolsa

Salão Nobre da Associação Comercial do Porto, esta magnífica sala de estilização mourisca produz pela sua riqueza e luxo um efeito de fascinação, esplendor e deslumbramento em todos os que a visitam. Universalmente, o Salão Árabe é reconhecido como a jóia da coroa do Palácio da Bolsa e uma peça única e exclusiva.

Salão Árabe do Palácio da Bolsa

Começado a construir em 15 de Setembro de 1862, sob projecto de Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa, só em 1880 ficou concluído, tendo sido inaugurado a 12 de Junho de 1880, aquando de uma sessão comemorativa do Centenário de Camões. Para o seu trabalho serviu de modelo o belo Palácio de Alhambra. Todo este trabalho foi efectuado por artistas portugueses.

Salão Árabe do Palácio da Bolsa

As formas decorativas são em estuque e madeira e todo o amarelo é folha de ouro. As inscrições são em árabe e repetem-se pelas paredes. Nos pequenos quadrados vermelhos, podemos ler: “Glória a Alá”, nos rectângulos azuis: “Alá guarda a Califa Miriam II”, em homenagem à Rainha D. Maria II que autorizou a construção desta sala. No tecto, nos escudos verdes, podemos ler: “Alá acima de tudo”.

Salão Árabe do Palácio da Bolsa

As portadas em vidro foram pintadas à mão e divididas, em três, por inscrições copiadas do Alcorão. A escolha do estilo árabe visava demonstrar o poderio económico e político da classe burguesa portuense do século XIX, que possuía, assim, um local ricamente decorado para as recepções oficiais.

Salão Árabe do Palácio da Bolsa

Para além disso, na altura vivia-se uma época de romantismo que se repercutiu nas correntes artísticas, nomeadamente pelo gosto por formas artísticas exóticas, que se reflecte nesta sala. O brasão da cidade do Porto e o brasão de Portugal, são os únicos elementos que identificam esta sala como sendo portuguesa.

Salão Árabe do Palácio da Bolsa

Sala de actos oficiais mais importantes (recepções oficiais e concertos de música clássica), nela se receberam os principais estadistas mundiais dos séculos XIX e XX.


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