A história do coração de D. Pedro IV
Câmara Municipal do Porto e Monumento a D. Pedro IV |
D. Pedro IV ficou na memória dos portuenses como símbolo de liberdade, patriotismo e força de vontade que, desde sempre, moveu a Cidade e os seus habitantes. A participação e o grande envolvimento da Invicta nas lutas liberais (1832-1833), sensibilizou particularmente o monarca.
D. Pedro IV |
Entre o Verão de 1832 -1833, a cidade sofreu enormes privações. Um ano de destruição física e moral que terá sido reconhecido, pelo Rei Soldado.
Igreja da Lapa, Porto |
A grande empatia e gratidão que sentia pelo Porto, leva-o, logo após a vitória liberal, a honrar a cidade com a sua visita. O período de permanência na urbe (26 de Julho a 6 de Agosto) foi preenchido por diversas cerimónias civis, religiosas e militares. Destaca-se a entrega das chaves da Cidade, pelo presidente da Câmara, à Rainha. A cerimónia terminava com uma oração de graças e um “Te Deum”, na Igreja da Lapa.
É também nesta Igreja que, em 1835, por vontade testamental, o seu coração foi depositado. Em 14 de Janeiro de 1837, um decreto redigido por Almeida Garrett e assinado pela rainha D. Maria II, adicionava novos elementos às Armas do Porto.
Vaso de prata dourada com o recipiente de vidro que conserva o coração de D. Pedro IV. |
Este acontecimento determinava que “as armas sejam esquarteladas com as do reino e tenham ao centro, num escudete de púrpura o coração de oiro de D.Pedro, sobrepojadas por uma coroa de duque, tendo por timbre o “Dragão negro das antigas Armas dos senhores Reis destes reinos”, e junte aos seus títulos o de Invicta.”
Coração de D. Pedro IV |
Foi este o último sinal de reconhecimento do monarca pelo esforço dos portuenses, ao serviço do país.
Veja o vídeo da Irmandade da Lapa sobre o Coração de D. Pedro IV, realizado no âmbito das comemorações dos 180 anos (1835-2015) da chegada do coração do monarca à cidade do Porto, e à Lapa.
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